O Google está ameaçado?
Em 10 anos de existência, o Google provocou uma verdadeira revolução na internet. Atualmente, oito em cada 10 internautas utilizam o site em suas pesquisas pela rede. Como resultado, a ferramenta já domina cerca de 4/5 do mercado internacional de buscas e vale hoje mais de 100 bilhões de dólares (quase 200 bilhões de reais). O império do Google, porém, começa a ser ameaçado.
Quando chegou ao mercado dez anos atrás, o Google foi um dos primeiros sites a entender o que realmente buscavam as pessoas que faziam pesquisas na web. Ele permitiu ao internauta navegar à sua maneira, sem ficar preso a um único portal. Logo, tornou-se uma das mais confiáveis ferramentas de busca. A missão dos criadores do site, Larry Page e Sergey Brin, era reunir toda a informação do mundo e organizá-la, tornando-a acessível a qualquer um com um computador. A tarefa, contudo, não era nada fácil.
A ambição do Google de digitalizar todos os livros do planeta, por exemplo, é um projeto que levará décadas para se concretizar. Para contornar esse tipo de problema, os criadores do site formularam uma maneira de garimpar as informações úteis que já estão na rede. O Google se utiliza de um ranking para levar ao internauta sua lista de resultados. Para tanto, Page e Brin desenvolveram um sistema que calcula a relevância que um site tem para falar sobre determinado assunto.
Sistema - Uma espécie de "robô" começa a vasculhar a internet no instante em que de digita a palavra buscada. Essa ferramenta calcula então quantas pessoas fizeram menção a determinada página em seus próprios sites. O robô mede o peso e a importância desses links para então decidir qual será a posição de um determinado site na lista de respostas. Mas não é só isso. Com o tempo, essa ferramenta se tornou mais sofisticada. Ela agora é capaz de medir, também, a satisfação do internauta com os resultados apresentados. Cada vez que optamos por um link da lista, a informação é utilizada para localizar os melhores destinos na web. Ainda assim, esse sistema apresenta falhas, e, algumas vezes, os destinos mais acessados, e que por consequência estão nos primeiros lugares, não são exatamente os mais úteis para quem está fazendo a pesquisa.
Concorrência - Baseados justamente nas falhas do Google começam a surgir agora sites que podem por fim ao império do buscador. O melhor exemplo é o Wolfram Alpha, lançado no mês passado com um objetivo ambicioso - responder a qualquer questão sobre todas as áreas do conhecimento. Para isso, em vez de conduzir a outras páginas da internet, como fazem o Google e o Yahoo!, ele lança mão de um colossal banco de dados próprio, montado por 200 especialistas nos mais diversos assuntos. Para manejar essa massa de dados em dois segundos, o serviço seleciona todas as informações relativas ao assunto que se procura e usa 50 000 modelos matemáticos para transformá-las numa resposta. O resultado surge na tela em forma de gráficos e tabelas.
O Bing, da Microsoft, também promete reduzir a extensão dos resultados das buscas, agrupando as entradas. Em uma busca sobre um modelo de carro, por exemplo, serão mostrados grupos de resultados mostrando peças, anúncios de veículos, fóruns de discussão e vídeos sobre o automóvel.
Dessa forma, o buscador da Microsoft pretende ajudar consumidores a cumprir tarefas específicas, como escolher um restaurante ou planejar uma viagem e comprar a passagem aérea.
Google lança banco de dados na nuvem
Sem fazer alardes, o google lançou, nesta na terça-feira (9/6), um banco de dados na nuvem apelidado de Fusion Tables, que, segundo o blog da empresa, é um sistema em experimentação de gerenciamento de dados na modalidade de cloud computing. "Ele traz a expertise dos funcionários do Google Research que vem estudando colaboração e integração. Fusion Tables não é um sistema tradicional de banco de dados focado no complicado SQL", diz o blog, que, na sequência trata de detalhar que a missão do novo produto é o gerenciamento de dados e a colaboração.
O Google planeja ainda adicionar novas funcionalidades assim que tiver retorno dos usuários. A versão anunciada na terça permite fazer uploads de data sets (no momento o suporte é de 100MB por data set e 250MB de dados por usuários) e compartilhá-los de maneira privada ou pública. O conceito segue a mesma linha do já lançado Google Docs, tendo na colaboração o maior trunfo. Uma das diferenciações do sistema é combinar múltiplas fontes de dados.








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